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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

CITY DOWN - A história de um diferente

Um mundo down? Esta é a proposta da Associação Pelotense de Cinema Independente (Cinepel), dando início à produção de um longa-metragem onde a realidade é vista sob o ponto de vista dos portadores da Síndrome de Down. Com direção de José Mattos e P.C. Nogueira, roteirizado pelo escritor e roteirista Manoel Soares Magalhães, o filme terá apenas um personagem não portador da síndrome. A Editora Livraria Mundial vai publicar o roteiro, a ser lançado quando o filme estrear.

Sobre o filme CITY DOWN - A história de um diferente

Um dia você acorda, levanta, sai à rua. De repente, como um passe de mágica, se dá conta de que tudo está diferente. Diferente de você. Você é o diferente, agora. As pessoas, que exibem outras feições, lhe acham estranho. Não sabem muito bem como lidar ou o que esperar da sua personalidade - pensam isso, aliás, sem saber que a aparência nada tem a ver com personalidade. A partir daí você travará uma batalha contra um forte inimigo: o preconceito. Mas, se quiser, aí vai um segredo: ele é vencível. Pelo menos é nisso que acreditam José Mattos, Paulo César Nogueira e Manoel Magalhães. Através da produtora Cinepel, o trio trabalha agora em um novo filme que trata sobre as diferenças - e como humanizá-las a favor da igualdade.
A situação descrita acima é um convite à imaginação; não é de verdade, obviamente. Mas, para milhares de pessoas, essa é a descrição fiel do cotidiano. Portadores da síndrome de down, cujos traços faciais não escondem a alteração genética, vivem e revivem diariamente a mesma sensação que você tentou experimentar há um minuto, caso tenha se deixado levar pelo convite. É essa inversão de papéis a grande sacada da produção do Cinepel; com um elenco 100% preenchido com atores down, a trama apresenta as dificuldades enfrentadas por um personagem que nasce sem a síndrome em uma sociedade totalmente down.
A ideia pioneira surgiu de Mattos, que recebeu apoio imediato de Magalhães e P.C.Nogueira, assim que expos a proposta. “Eles largaram essa ideia. Disseram: ‘Pensamos em um mundo down, onde o normal é o diferente. É isso, te vira’”, brinca Magalhães, roteirista do filme, que completa: “Agarrei o desafio”. Segundo Mattos, a história é baseada no apego das pessoas aos aspectos visuais. E, por isso, o impacto de ver o mundo ao contrário possa ser ainda maior: “Quem assistir vai se identificar visualmente com o personagem sem a síndrome e, quem sabe, entenda o drama de ser tratado como diferente.”

Veja o trailer doFilme



Elenco especial

Para construir o mundo fictício, a equipe vai convocar um elenco de quase cem pessoas com down. Os protagonistas retratarão uma família com pai, mãe e dois filhos - todos normais, ou seja, portadores da síndrome. Até que uma gravidez inesperada faz nascer um filho diferente, o que causa transtorno dentro de casa. Este núcleo principal foi escalado na terça-feira (2), às 14h, em uma seleção promovida em parceria com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Pelotas.
No processo de composição de elenco, Nogueira valoriza a presença das famílias no incentivo à participação dos especiais: “Os pais são muito importantes nesse processo. Eles devem dar apoio ao lado artístico. Os Down são, na maioria das vezes, artistas natos. São glamourosos e vaidosos, gostam de aparecer. Para nós será um grande aprendizado”.
A parceria com a Escola de Especiais "AUTONOMIA DO SER" vai além do apoio à seleção de atores. A entidade, representada pela profissional Grace Guimarães, leva seu conhecimento na área para ajudar durante a produção do filme. Depois de pronto, o longa será distribuído a todas as sedes da Apae espalhadas pelo país, assim como entidades relacionadas. O público geral de Pelotas também será contemplado; uma sessão de lançamento já é planejada pelo trio. Junto com o filme, será lançado o roteiro em livro pela Editora Livraria Mundial.

A vitória da igualdade

“O preconceito é mais físico do que qualquer outro. Ele começa quando tu olhas e vês alguém que não é como tu”, avalia Mattos, que garante que o foco da história se fixará no tratamento das diferenças - e não na síndrome em si. Para isso, a equipe já faz questão de ressaltar: não se trata de um filme educativo sobre pessoas especiais. Trata, isso sim, das dificuldades enfrentadas pelo incomum.
“A trama terá humor, suspense e drama. Queremos provocar as pessoas. Tentaremos fazer com que o espectador esqueça o visual e mergulhe no emocional da cena”, define o roteirista. Assim que fizer o público se render a esse mergulho, Mattos prevê que o filme será como uma redenção das pessoas excepcionais. “Será a vitória deles, vitória do elenco que conseguirá colocar o filme de pé. Darão seu recado sem precisar falar da síndrome. Acredito que eles darão um grande passo.”

Mais matérias publicadas sobre o filme

Reportagem Jornal da Nativa Pelotas - filme Citydown


Reportagem RBS TV Pelotas





Contato
http://www.cinepel.webnode.com/
Informações: (53) 9946-1807 ou mattoscinepel@yahoo.com.br
Pelotas / RS

Material Publicado na integra, do site  http://citydown.webnode.com.br/




4 comentários:

Anônimo disse...

o que tem saído de notícia na mídia da cidade de Pelotas é que esses diretores foram oportunistas e usaram as pessoas com síndrome de down para se promoverem e lucrarem em euros com o filme. Conseguiram vender o filme para Europa, mas não repassaram os lucros às pessoas que participaram do filme. Segundo os jornais e os sites de notícias da cidade de Pelotas/RS, o resultado final do filme é de péssima qualidade técnica, foi um chamado "caça-níquel" se utilizando de pessoas ingênuas e que jamais imaginariam que seriam usadas para enriquecerem terceiros.

Unknown disse...

O que é necessário neste momento, é uma investigação quanto a denúncia apresentada neste comentário pois se forem realmente verdadeiras, os responsáveis devem ser punidos, de forma que jamais possam abusar da inocência e boa vontade de pessoas tão especiais.

José Mário Alves

Grace Ferreira disse...

Caro José Mário
Trabalho há 15 anos com educação especial aqui em Pelotas e fui assistente de direção de CityDown - a história de um diferente e jamais teria dado minha alma como dei há algo que fosse desonesto.
O filme é maravilhoso e leva as pessoas a repensarem sobre o preconceito... os sets de filmagem foram de imensa harmonia sem importar quem era Down ou não...
Eu só não consigo entender é que como alguém com indole questionável...até pq anônimo não mostra a "cara" né? pode dizer que um filme que ainda não foi lançado possa estar rendendo EUROS... essa pessoa no mínimo poderia ter se informado melhor... na verdade CityDown será lançado pela Europa Filmes pelo menos nesse momento no Brasil... e que eu saiba nossa moeda ainda é o real e da qual antes do lançamento ainda não soube de nenhuma distribuidora que faça pagamento antecipado por suposição de venda... na verdade nosso mundo não é feito nem só de preconceito e nem só de pessoas que se escondem atrás da inveja ou sei lá o que... não importa afinal não vou perder meu tempo tentando entender alguém que se fosse de verdade assim como a gente pelo menos mostraria a cara...
Enfim... lastimo que nessa caminhada a gente tenha que ler comentários como esse... enfim que venham as investigações... estarei ao lado dos diretores de CityDown esperando por elas...
Grace Ferreira - assistente de direção

Anônimo disse...

Por falar em anônimno Sra.Grace...onde anda o Sr. Diretor José Mattos?????????????Por onde andam os lucros das apresentações do filme??????????????? será que já repassado à alguma entidade carente??????????????? muitas perguntas sem respostas além dessas e muito mais ainda pra ser questionado.
Qto ao anonimato , no meu caso, é pq infeizmente me envolvi nesse dito projeto por ser mãe de Down que permiti que participasse do filme MAS PODES TER CERTEZA QUE EM BREVE VOU TER NOVIDADES À RESPEITO DE TODA ESSA "COISA" E VOU ME IDENTIFICAR "COM CERTEZA E PROVAS". Um abraço à vcs( Grace e "Zé')