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quinta-feira, 26 de junho de 2008

‘3ª Festa Country 2008’ da ACIC, uma ótima opção para amantes do Country e Sertanejo

Já estão à venda, os convites para a ‘3º Festa Country 2008’, que acontecerá no próximo dia 19, a partir das 22 horas, no salão nobre da Associação Comercial e Industrial de Cubatão (ACIC), localizado na Rua Ceará, 131- Vila Paulista. Ao preço de R$ 20,00, os convidados que adquirirem o ingresso terão direito a um chapéu. As bebidas e comidas típicas, que incluem churrasco e doces serão vendidos à parte. Será permitida a entrada somente de pessoas acima de 12 anos. Todos os anos, o evento é realizado no mês de julho, como parte das comemorações do ‘Dia do Comerciante’, comemorado no dia 16 de julho. Cerca de 600 pessoas são esperadas no evento.

Com o show da dupla sertaneja ‘Henrique e Walmor’ e outros artistas que animam o ‘Estância Alto da Serra’, os convidados também poderão se divertir no famoso ‘Touro Mecânico’, além de outras brincadeiras. Haverá também sorteio de brindes durante a festa. A decoração chamará atenção por ser toda estilizada.
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Segundo uma das diretoras da ACIC e proprietária do Restaurante Nacional, Gilda França, a festa já é um encontro tradicional dos cubatenses e de pessoas que vêm de outras cidades para prestigiar um dos eventos mais divertidos e elegantes de Cubatão. “Algumas pessoas vão a caráter, o que faz a festa ficar mais animada e chamativa. Vários munícipes nos cobram a realização da festa quando chega o mês de junho. Para a ACIC é muito válido, pois sabemos que a festa tem uma ótima aceitação. Além do local ser ótimo para bater um bom papo, garantimos um ambiente muito agradável”.

Os convites podem ser adquiridos na ACIC, Restaurante Nacional, Papelaria Cedro, Chaveiro Universal Balula, Cesla Materiais Elétricos, 100% água, Décio Jóias, Auto-escola Prisma e Casa Perez. Mais informações podem ser adquiridas por meio do telefone 3361-1519 (ACIC).

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Extinção do Jardim São Marcos: a realização de um sonho iniciado há 7 anos

Com a mudança dos moradores a partir do dia 25/06,
A Accec dá como concluído seu projeto no Bairro


“Sentimento de dever cumprido”. Assim, Antônio de Pádua Maia Azevedo, coordenador de projetos da Associação Cubatense de Capacitação para o Exercício da Cidadania (Accec), disse encarar a extinção do Jardim São Marcos, com a mudança dos moradores para o bolsão 9, a partir do dia 25/06.
Para muitos, a extinção da Vila Parisi (14 de maio de 1992, oficialmente), localizada no Pólo Industrial de Cubatão, pôs fim ao pior lugar de moradia da Cidade. Entretanto. Quem tem o Pólo Industrial como destino em seu dia-a-dia, por trabalhar no local, sabe que o Município ainda possui locais de extrema pobreza.
Diferente dos demais núcleos carentes de Cubatão, o Jardim São Marcos só não é pior do que a antiga Vila Parisi devido às condições do ar, que nestes últimos anos melhorou bastante devido ao controle mais rigoroso, por parte das indústrias, das emissões de poluentes. Mas, o bairro, localizado entre duas indústrias químicas, reúne centenas de famílias pobres, com poucos recursos financeiros.
Um bairro afastado do Centro da Cidade, de equipamentos de saúde, de escolas, e de oferta de emprego. Sem saneamento básico, água e até transporte, as famílias procuravam beneficiar-se como e quanto podiam nas portas das indústrias.
Cena comum, há pouco mais de dez anos, eram crianças vendendo bebidas nas portas das empresas. Os casos de prostituição infantil também faziam parte desse quadro. "Em 1999, a Promotoria da Infância e da Juventude já havia denunciado as condições de vida daquelas crianças ali do Jardim São Marcos. Então, isso já era uma coisa notória", conta Antônio de Pádua.
Tendo conhecido o local no final de 2000, por meio do programa de alfabetização de adultos realizado com aqueles moradores, a Accec decidiu fazer mais. "Entramos lá (Jardim São Marcos) pela questão da educação. Nossa primeira ação foi a alfabetização de adultos, que naquele bairro tinha problemas sérios de analfabetos", lembra Pádua. "Nós passamos a ter conhecimento, junto com o povo, das problemáticas deles", completa. Foi do conhecimento, da vivência no bairro que a Accec se propôs a ajudar os moradores a mudarem aquela situação. "Nós construímos ali os conceitos, os valores, os entendimentos e a luta se deu em conjunto", diz Pádua.
“Da vontade surgiu a proposta, voltada para emancipar de fato aquelas pessoas que era sair dali, não adiantava levar saneamento básico, escolas, creches e outras melhorias para o bairro, pois a população continuaria vivendo num local impróprio para um núcleo habitacional", lembra o coordenador da entidade. Mas só tirar as pessoas dali não era o suficiente. "Ela (Accec), além de lutar por essa transferência, ela queria preparar o cidadão para se desfavelizar interiormente por meio da educação”. Então, não é simplesmente tirar daqui e pôr ali. Mas deslocar a pessoa para novo local e prepará-la para conseguir tocar a sua vida no futuro", explica Pádua. Com pesquisas elaboradas no bairro, que colocaram no papel a situação daqueles moradores, a entidade pôs em pratica a realização do sonho.
Por meio de reportagens, onde a imprensa teve um papel fundamental, e reuniões para mostrar a precária situação do bairro, reuniu o poder público e privado em um mesmo objetivo: transferir aquelas pessoas dali. "Envolvemos o Ciesp, o Pólo Industrial e a Prefeitura, então houve uma união de entidades públicas e privadas em torno dessa causa”, afirma Pádua. “Acabou, no final de 2000, o governo do Nei Serra e iniciou-se o governo do Clermont, e este, ciente da situação do bairro e do trabalho sério da entidade, deu início ao trabalho. Criou um grupo multissetorial para coletar esses dados e descrever a situação do São Marcos e remeter ao Governo Federal".
A ação do prefeito culminou com a entrada da Cidade no programa Habitar Brasil-BID. Contudo, mesmo inscrito no programa, o projeto de erradicação do São Marcos correu o risco de não ser contemplado. Para que isso não acontecesse, Pádua, presidente da ONG, na época, precisou garantir os recursos. "Eu estive duas vezes em Brasília, porque houve momentos em que o Governo Federal ia contigenciar verbas e parte era a que seria destinada para o Jardim São Marcos. Com muito esforço, nós conseguimos garantir que o Bairro continuasse como prioridade", lembra Pádua. A perseverança na causa resultou na assinatura do convênio entre o Município, a Federação e a Caixa Econômica Federal, em 2004. É possível você se organizar e mudar uma história, mudar o rumo de uma vida, basta você acreditar no sonho e persistir para que ele se realize. Temos que ser idealistas", declara Pádua.
Apartamentos - Segundo Pádua, as obras já estão em fase final de conclusão e, no dia 25 de junho, começará a remoção dos moradores para as novas residências, apartamentos. Ao todo, foram construídos 160 apartamentos, dispostos em oito blocos, com cinco andares cada. Cada apartamento contará com dois quartos, sala, cozinha e banheiro. No bairro, os moradores contarão ainda com creche, UBS e centro comunitário. Diferente dos conjuntos construídos pela CDHU, cada morador terá sua conta de água e luz individual.
Segundo Pádua o bairro foi criado em 1956, e teria sido o primeiro loteamento da época na Cidade, surgido para atender o setor das indústrias. O bairro surgiu antes mesmo das indústrias Fosfertil (antiga Ultrafértil) e Bunge Fertilizantes, localizadas em torno da área.
Processo - De acordo com o que estabelecia o programa Habitar Brasil - BID, a Accec deveria deixar de assistir ao bairro com até um ano e meio antes do processo de remoção. Desde o início de 2006, os trabalhos de remoção das cerca de 136 famílias, é realizado pela Unidade de Execução Municipal (UEM), secretarias municipais de Assistência Social e Obras (Departamento de Habitação) e por uma entidade pertencente à igreja católica. "Até um ano e meio antes de acabar as obras quem assume é a UEM, isso estava acordado no projeto. Não caberia à ONG assumir a coordenação dos trabalhos. Isto deveria ser feito pela administração municipal. O papel da Accec foi constatar o problema, buscar soluções e preparar os moradores para exercer de fato sua cidadania”, explica Antônio de Pádua.
Mais informações: Antônio de Pádua - cel.: 97754295

Informativo da Associação Cubatense de Capacitação para o Exercício da Cidadania (Accec)

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Programa Serra do Mar só será reavaliado se houver decisão judicial nesse sentido

O Programa Serra do Mar (Programa de Recuperação Socioambiental dos Assentamentos Irregulares de Cubatão) não será revisto, a não ser por uma decisão judicial. Isto porque sua implementação atende a sentença proferida em primeira instância pela Justiça de Cubatão, em 2007, da qual o Governo do Estado não recorreu por concordar com o espírito dessa decisão: recuperar e preservar os ecossistemas do Parque Estadual da Serra do Mar e proteger as famílias que hoje ocupam regiões de risco dentro da área do Parque desafetada pelo governo.
Quanto às listas de remoção divulgadas no site da Secretaria da Habitação (http://www.habitacao.sp.gov.br/http/indexhtm.htm), onde também se encontram os laudos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para todas as áreas envolvidas e demais informações sobre o Programa —, o compromisso é de que toda família terá seu caso analisado nas reuniões dos grupos gestores de cada bairro.
Dessas avaliações individuais, que também compreenderão a análise in loco da situação de cada residência em relação aos limites legais de remoção — o que possibilitará inclusive reconsiderar a remoção, caso seja constatado que o imóvel foi erroneamente incluído na listagem —, participarão os representantes das comissões de moradores do bairro envolvido, técnicos do Estado e a própria família interessada.
As informações e garantias do coronel da reserva Eclaia Teixeira Borges, coordenador do Programa Serra do Mar. foram dadas em encontro realizado nesta quinta-feira, dia 5, no gabinete do prefeito Clermont Castor, para uma comissão de moradores dos bairros incluídos no Programa, que no período da manhã haviam feito uma manifestação na Via Anchieta, em protesto contra a iniciativa do governo do Estado.
"A transparência terá de ser absoluta. E todos aqueles que se sentirem prejudicados devem buscar os seus direitos", afirmou o coronel Eclair, explicando que aquele era o 84º encontro público de que ele já havia participado para discutir o Programa Serra do Mar. Antes da reunião da comissão de acompanhamento do Programa (que é integrada por oito secretarias de Estado e tem um representante da Prefeitura de Cubatão, o sr. Liberato Manrique da Silva, indicado pelo prefeito Clermont), a ser realizada na próxima semana, o coronel Eclair Borges espera receber um ofício dos moradores com todas as críticas expostas durante o encontro desta quinta-feira. "O que estiver errado, nós vamos corrigir", garantiu.
Ao final, o prefeito se comprometeu a estudar a possibilidade da Prefeitura contratar uma empresa para elaborar um laudo independente sobre as áreas de risco dos bairros-Cota. "O que queremos é melhorar a qualidade de vida desses moradores e também eliminar os riscos existentes", afirmou o prefeito.

Moradores fizeram uma caminhada pacífica de nove quilometros até a prefeitura de Cubatão, onde foram recebidos pelo Prefeito Clermont Castor e o Coronel Ecler Borges.















Departamento de Imprensa - 5/Junho/2008
Fotos: José Mário Alves