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quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Paulão anuncia construção de 310 cisternas escolares no semiárido alagoano

Por intermédio do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), no início do próximo ano serão instaladas 310 cisternas em escolas do semiárido alagoano. O anúncio foi feito pelo deputado Paulão (PT/AL), após reunião com a ministra Tereza Campello, nesta quinta-feira (4) em Brasília.

O parlamentar, que integra o programa "Toda Escola do Semiárido com Água, Banheiro e Cozinha”, informou que ao todo serão construídas 5 mil  cisternas nas escolas do semiárido do país. Além de Alagoas, foram contemplados os estados de Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.



Paulão disse que já foi firmado o convênio do MDS com a Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA), a fim de construir as cisternas. Segundo ele, cada unidade está orçada em média em R$13 mil. A cisterna escolar segue o modelo da tecnologia social de acesso à água e tem capacidade para armazenar 52 mil litros, o que pode garantir o abastecimento por até oito meses.


“Esta é uma reivindicação de diversas entidades e órgãos que lutam por água nas escolas do semiárido. As cisternas são um importante instrumento para garantir a segurança alimentar dos alunos e também assegurar a permanência deles nas salas de aula do semiárido”, destacou Paulão.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Coral Zanzalá leva música popular brasileira à Times Square


Apresentação relâmpago entrou no clima descontraído que abraça as ruas de Nova Iorque.




 
As luzes estão por toda parte. Paineis de led gigantes, fotos divulgando famosas e caríssimas marcas de roupa, bolsa, eletrônicos. A Times Square, um dos dezenas de cartões-postais de Nova Iorque, também foi palco para os cantores do Coral Zanzalá. Apostando no clima descontraído de Nova Iorque e seus visitantes, os artistas resolveram dar um passeio na praça iluminada e divulgar seu talento musical.

Aos poucos, o grupo afinado e cantando Música Popular Brasileira chamou a atenção de dezenas de pessoas que por ali passeavam. Brasileiros que reconheceram o idioma e fizeram questão de privilegiar os coralistas, ou estrangeiros que registravam tudo com vídeo e fotografia.

"Não poderíamos deixar passar esse clima charmoso que encontramos em Nova Iorque: um artista em cada esquina, mostrando para quem quiser ver e ouvir, seu talento. Nossa presença aqui na Times Square foi mais por alegria do que por qualque outro motivo. É um sonho quase impensado estarmos aqui, num dos espaços mais privilegiados desta cidade", disse Nailse Cruz, regente do Coral.

No último dia do Coral na Big Apple, um grupo de cantores decidiu fazer um passeio pelas ruas do Central Park. Apesar do inverno rigoroso, 4ºC com sensação térmica de 2ºC por conta do vento, o adeus da equipe foi em grande estilo.

Everton Santana, que participa do Zanzalá há 6 anos, era um deles. Pela primeira vez em Nova Iorque, ficou impressionado com a qualidade dos serviços e a imensidão da cidade. "Aqui, tudo funciona. Estar nos Estados Unidos fazendo o que realmente gostamos, que é cantar, é simplesmente um sonho realizado. Não apenas pra mim, mas pra todos do Coral. Creio que essa viagem é um marco na história do Zanzalá e o reconhecimento de muitos anos de trabalho de cada um", comentou o artista que, minutos depois, embarcou junto com a equipe em direção ao aeroporto John Frank Kennedy, retornando ao Brasil.
 
Vale lembrar que a presença do Grupo em Nova Iorque só foi possível graças ao patrocínio de uma empresa cubatense e do apoio financeiro da Prefeitura de Cubatão. A prefeita Marcia Rosa ficou feliz em acompanhar o resultado de todo esse esforço.

"O Zanzalá é decididamente um dos orgulhos de Cubatão. Uma história de sucesso que teve início nos anos 70, com a Banda Musical Municipal - que deu origem à Banda Sinfônica - e a dedicação maestro Roberto Farias. Os corpos estáveis são o resumo do talento que brota na nossa cidade de maneira muito natural", afirmou a prefeita. Os artistas retornam nesta quarta-feira para o Brasil com a certeza de dever cumprido e ter levado, mais uma vez, o nome de Cubatão para longe.


Texto: Morgana Monteiro - Mtb 29.202

Fotos: José Mário Alves   - Mtb 59.316

Catedral de San Patrick, em NY, recebe o Coral Zanzalá

Apresentação aconteceu no fim da tarde desta segunda-feira (1)

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A imponente arquitetura da Catedral de San Patrick, que por mais de 130 anos enfeita Nova Iorque, foi o palco do Coral Zanzalá, de Cubatão, nesta segunda-feira (1). O Grupo Artístico encheu com seu canto, cada espaço da igreja, cartão postal da cidade e que, por ano, recebe cinco milhões de visitantes.

Situada na badalada 5ª Avenida, a Catedral abriu as portas para o Zanzalá e para a Música Brasileira. Garota de Ipanema (Vinícius e Tom Jobim) foi cantada no coração da cidade mais importante dos Estados Unidos. Villa-Lobos (Ave Maria), Gilberto Mendes (Cântico de Verônica) e Dori Caymmi (Cantador) também representaram a MPB nesta apresentação.

O Grupo também ainda apresentou um repertório sacro com obras como Locus Iste (Bruckner), Ave Maria (Biebl), além de Ave Maria, Pai Nosso (Rodrigo Vitta), Aleluia (Mahle), a pedido da direção da Igreja.

  A Saint Patrick's Cathedral destaca-se no meio urbano da metrópole por sua arquitetura no estilo gótico. E apesar de passar por uma profunda reforma, por dentro e por fora, é uma âncora do turismo no município estadunidense e um refúgio espiritual para aqueles que vivem no corre-corre da metrópole.

Nesta segunda-feira, turistas de vários lugares estavam no local, tirando fotos e conhecendo os detalhes da Igreja. Foi impossível não ficar encantado com a melodia e afinação dos artistas. Jason Mlynek, produtor do Distinguished Concerts Internacional New York, o DCINY - que fez o convite para a apresentação principal do Coral cubatense em Nova Iorque - fez questão de comparecer à esta apresentação.
 
Jason ficou impressionado com a versatilidade dos artistas do Zanzalá. "Este é um espaço muito especial para nós em Nova Iorque. E acompanhar um roteiro tão diferenciado como este é mais uma certeza de que fizemos a escolha certa ao convidar o Coral como representante brasileiro para nosso espetáculo. Esperamos ver todos esses maravilhosos artistas em breve", comentou.
 
A regente-assistente da equipe cubatense, Maria Fernanda Tavares, considera essa passagem do Zanzalá pelos Estados Unidos a recompensa por tantos anos de trabalho. "Há algumas décadas o Coral Zanzalá luta para manter a tradição artística de Cubatão, juntamente com os outros grupos artísticos oficializados. Nossa presença aqui é fruto desse doce ofício de levar a arte onde o povo está", disse, emocionada.

O Zanzalá recebeu o convite para pisar em terras norteamericanas de Jonathan Griffith, Regente e Diretor Artístico do DCINY, produtora de espetáculos já tradicional em Nova Iorque. Ao visitar um vídeo em que o Coral  interpretou brilhantemente "O Messias", de Handel, junto com a Banda Marcial de Cubatão, o diretor ficou impressionado com a qualidade técnica do grupo. A apresentação principal foi no último domingo, no complexo de teatros do Lincoln Center, com um coral de 400 vozes vindas da Alemanha, França, Guatemala, Austrália, Canadá e China, e orquestra.

Vale lembrar que a presença do Grupo em Nova Iorque só foi possível graças ao patrocínio de uma empresa cubatense e do apoio financeiro da Prefeitura de Cubatão. A prefeita Marcia Rosa ficou feliz em acompanhar o resultado de todo esse esforço.

"O Zanzalá é decididamente um dos orgulhos de Cubatão. Uma história de sucesso que teve início nos anos 70, com a Banda Musical Municipal - que deu origem à Banda Sinfônica - e a dedicação maestro Roberto Farias. Os corpos estáveis são o resumo do talento que brota na nossa cidade de maneira muito natural", afirmou a prefeita. Os artistas retornam nesta quarta-feira para o Brasil com a certeza de dever cumprido e ter levado, mais uma vez, o nome de Cubatão para longe.


Texto: Morgana Monteiro - Mtb 29.202

Fotos: José Mário Alves   - Mtb 59.316

Coral Zanzalá participa do espetáculo O Messias, de Handel, em Nova Iorque

Apresentação aconteceu no domingo (30), no complexo de teatros do Lincoln Center.







No coração de Nova Iorque, a poucos metros do Central Park, um grupo de artistas brasileiros cantou uma obra importantíssima da música erudita: The Messiah ou "O Messias", de Handel. O espaço escolhido foi um dos teatros do complexo Lincoln Center, local que recebe músicos, atores, cantores e bailarinos do mundo inteiro. E esse grupo é de Cubatão: o Coral Zanzalá foi o representante do Brasil na apresentação que aconteceu na tarde deste domingo (30). Juntou-se a coralistas da Austrália, França, Guatemala, China, Alemanha, Canadá e Estados Unidos.

Com o teatro lotado, a plateia pode conferir a peça praticamente completa de Handel, com 46 músicas que recontaram a vida e obra do Messias, Jesus Cristo. O concerto foi divido em três partes e teve duração de duas horas e meia. O Coral Zanzalá participou do primeiro movimento inteiro e, depois, juntou-se ao fim da 2ª parte, em Halleluya e na 3ª, em Worthy is the Lamb that was slain.

A apresentação contou com a Orquestra do Distinguished Concerts e com a participação da soprano Penelope Shumate, meio-soprano Holly Sorensen, tenor John McVeigh e com o barítono Christopher Job, estes últimos cordialmente cedidos pela Metropolitan Opera.

O espetáculo teve a regência do maestro Jonathan Griffith, que também é diretor artístico da Orquestra norteamericana. Ele destacou a importância que esta obra de Handel tem para a música mundial: "É uma das mais populares obras para coro e orquestra da história da música e é um belo desafio para todos os artistas envolvidos. Ficamos muito felizes em reunir tantas diferentes vozes ao redor do mundo neste espetáculo".
 
O maestro Griffith disse, ainda, que compreende o esforço por parte dos corais estrangeiros, que somaram 400 artistas no palco, uma vez que as músicas foram cantadas em inglês, como na versão original. Isso, sem contar a capacidade e controle respiratório e articulatório dos artistas. E elogiou a participação dos cantores do coral cubatense.

A cada música executada, olhos marejados na plateia e artistas encantados com a obra épica. Para Célio Perez Esteves, um dos participantes do Zanzalá e professor da Escola Técnica de Música e Dança de Cubatão, cantar Handel em Nova Iorque foi mais do que um sonho realizado. "Batalhamos a vida inteira pela Arte. A apresentação desta tarde foi mais do que especial. Senti muita emoção ao interpretar 'O Messias' e foi difícil controlar as lágrimas em alguns momentos. Nossa participação no concerto aqui no Lincoln Center só vem coroar um trabalho de muitos anos", afirmou o artista.

No fim do espetáculo, todos os regentes foram chamados ao palco para receber os aplausos, que duraram alguns minutos, e entre eles estavam a maestrina do Zanzalá, Nailse Cruz, e a regente-assistente, Maria Fernanda Tavares. "Foi uma linda apresentação, que nos alegrou do início ao fim. Ver cada um dos artistas da nossa cidade, se apresentando com a voz e com o coração, foi inesquecível. Valeu o esforço de nossa parte para estarmos todos aqui", afirmou Nailse Cruz.

O secretário de Cultura, Welington Borges, lembra que a passagem do Coral Zanzalá pelos Estados Unidos só foi possível graças à colaboração de uma empresa da cidade, que patrocinou o sonho musical. A prefeitura de Cubatão também patrocinou a viagem. A prefeita Marcia Rosa não poupou esforços para ver os artistas cubatenses levando a arte, que tanto tem marcado a cidade de Cubatão, a um espaço tão privilegiado como é Nova Iorque.

Antes de partir, o Zanzalá tem outro compromisso: dessa vez na igreja histórica Saint Patrick's Cathedral, que por mais de um século, enfeita a cidade e é um dos cartões-postais de Nova Iorque. Imponente pela arquitetura, a catedral destaca-se no meio urbano da metrópole e é uma âncora do turismo na cidade estadunidense. Recebe mais de cinco milhões de visitantes por ano, de todo as partes do mundo.

Para esta apresentação especial, o Coral preparou um repertório basicamente formado por obras sacras como Locus Iste (Bruckner), Ave Maria (Biebl), além de Ave Maria, Pai Nosso (Rodrigo Vitta), Aleluia (Mahle). Compositores brasileiros não foram esquecidos e serão representados por obras de Villa-Lobos (Ave Maria) e Gilberto Mendes (Cântico de Verônica). Outras músicas da MPB também devem fazer parte dessa apresentação: Cantador (Dori Caymmi e Nelson Motta) e Garota de Ipanema (Vinícius e Tom Jobim).



Texto: Morgana Monteiro - Mtb 29.202
Fotos: José Mário Alves -   Mtb 59.316

Coral Zanzalá canta no coração de Nova Iorque e representa o Brasil com competência












No coração de Nova Iorque, a poucos metros do Central Park, um grupo de artistas brasileiros cantou uma obra importantíssima da música erudita: The Messiah ou "O Messias", de Handel. O espaço escolhido foi um dos teatros do complexo Lincoln Center, local que recebe músicos, atores, cantores e bailarinos do mundo inteiro. E esse grupo é de Cubatão: o Coral Zanzalá foi o representante do Brasil na apresentação que aconteceu na tarde deste domingo (30). Juntou-se a coralistas da Austrália, França, Guatemala, China, Alemanha, Canadá e Estados Unidos.
 
Com o teatro lotado, a plateia pode conferir a peça praticamente completa de Handel, com 46 músicas que recontaram a vida e obra do Messias, Jesus Cristo. O concerto foi divido em três partes e teve duração de duas horas e meia. O Coral Zanzalá participou do primeiro movimento inteiro e, depois, juntou-se ao fim da 2ª parte, em Halleluya e na 3ª, em Worthy is the Lamb that was slain.

A apresentação contou com a Orquestra do Distinguished Concerts e com a participação da soprano Penelope Shumate, meio-soprano Holly Sorensen, tenor John McVeigh e com o barítono Christopher Job, estes últimos cordialmente cedidos pela Metropolitan Opera.

O espetáculo teve a regência do maestro Jonathan Griffith, que também é diretor artístico da Orquestra norteamericana. Ele destacou a importância que esta obra de Handel tem para a música mundial: "É uma das mais populares obras para coro e orquestra da história da música e é um belo desafio para todos os artistas envolvidos. Ficamos muito felizes em reunir tantas diferentes vozes ao redor do mundo neste espetáculo".

O maestro Griffith disse, ainda, que compreende o esforço por parte dos corais estrangeiros, que somaram 400 artistas no palco, uma vez que as músicas foram cantadas em inglês, como na versão original. Isso, sem contar a capacidade e controle respiratório e articulatório dos artistas. E elogiou a participação dos cantores do coral cubatense.

A cada música executada, olhos marejados na plateia e artistas encantados com a obra épica. Para Célio Perez Esteves, um dos participantes do Zanzalá e professor da Escola Técnica de Música e Dança de Cubatão, cantar Handel em Nova Iorque foi mais do que um sonho realizado. "Batalhamos a vida inteira pela Arte. A apresentação desta tarde foi mais do que especial. Senti muita emoção ao interpretar 'O Messias' e foi difícil controlar as lágrimas em alguns momentos. Nossa participação no concerto aqui no Lincoln Center só vem coroar um trabalho de muitos anos", afirmou o artista.

No fim do espetáculo, todos os regentes foram chamados ao palco para receber os aplausos, que duraram alguns minutos, e entre eles estavam a maestrina do Zanzalá, Nailse Cruz, e a regente-assistente, Maria Fernanda Tavares. "Foi uma linda apresentação, que nos alegrou do início ao fim. Ver cada um dos artistas da nossa cidade, se apresentando com a voz e com o coração, foi inesquecível. Valeu o esforço de nossa parte para estarmos todos aqui", afirmou Nailse Cruz.

O secretário de Cultura, Welington Borges, lembra que a passagem do Coral Zanzalá pelos Estados Unidos só foi possível graças à colaboração de uma empresa da cidade, que patrocinou o sonho musical. A prefeitura de Cubatão também patrocinou a viagem. A prefeita Marcia Rosa não poupou esforços para ver os artistas cubatenses levando a arte, que tanto tem marcado a cidade de Cubatão, a um espaço tão privilegiado como é Nova Iorque.

Antes de partir, o Zanzalá tem outro compromisso: dessa vez na igreja histórica Saint Patrick's Cathedral, que por mais de um século, enfeita a cidade e é um dos cartões-postais de Nova Iorque. Imponente pela arquitetura, a catedral destaca-se no meio urbano da metrópole e é uma âncora do turismo na cidade estadunidense. Recebe mais de cinco milhões de visitantes por ano, de todo as partes do mundo.
 
Para esta apresentação especial, o Coral preparou um repertório basicamente formado por obras sacras como Locus Iste (Bruckner), Ave Maria (Biebl), além de Ave Maria, Pai Nosso (Rodrigo Vitta), Aleluia (Mahle). Compositores brasileiros não foram esquecidos e serão representados por obras de Villa-Lobos (Ave Maria) e Gilberto Mendes (Cântico de Verônica). Outras músicas da MPB também devem fazer parte dessa apresentação: Cantador (Dori Caymmi e Nelson Motta) e Garota de Ipanema (Vinícius e Tom Jobim).

Texto: Morgana Monteiro - Mtb 29.202
Fotos: José Mário Alves  - Mtb 59.316

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

A Portuguesa Santista e sua marca contra o preconceito racial






* por Victor de Andrade

A Associação Atlética Portuguesa, clube de Santos tradicionalíssimo no futebol paulista e conhecido como ‘Briosa’, comemora nesta quinta-feira, dia 20 de novembro, 97 anos de fundação. Porém, esta coincidência de o aniversário ser na mesma data do Dia da Consciência Negra não é a única que liga a agremiação às lutas contra o preconceito racial.

Fundada em 1917, a Briosa é muito conhecida dos fãs do futebol brasileiro. O espírito inovador foi demonstrado na construção do seu estádio, o Ulrico Mursa, nos anos 20, e já marcou sua história: foi o primeiro a ter arquibancada de concreto e coberta, na América Latina.

Entre 1936 e 1938, a equipe conseguiu ficar na terceira colocação do Campeonato Paulista, um dos mais competitivos do país, nos três anos. Foi nesta época em que o clube revelou Tim, ao lado de Leônidas da Silva e Domingos da Guia, um dos grandes craques brasileiros daquele momento, e Argemiro, que foi o primeiro jogador de um clube de Santos a ser convocado para uma Copa do Mundo, em 1938, na França, jogando pela Portuguesa Santista. Já em 1941, ao lado de São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Portuguesa, Juventus, Nacional, Ypiranga, Comercial, Santos e Jabaquara, fundou a Federação Paulista de Futebol (antes disso, havia ligas independentes que organizavam o Paulistão. Em muitos anos, houve mais de um campeonato).


Já no ano de 1959, a Portuguesa Santista partiu para uma excursão com diversos jogos no continente africano. O clube já estava acostumado a fazer viagens do tipo, mas era a primeira vez que ia para a África. A bordo da embarcação holandesa “Boissevan”, a viagem marítima durou 13 dias. Os jogos históricos foram realizados entre 16 de abril e 28 de maio daquele ano.

As notícias que vinham da África para a cidade de Santos eram animadoras. Vitórias e mais vitórias marcavam a excursão da Briosa. No entanto, a partida que entraria para a história da excursão é justamente aquela que não ocorreu. A África do Sul estava no itinerário da viagem da equipe brasileira e a delegação da Portuguesa Santista teve que enfrentar um adversário extracampo: o regime de segregação racial que vigorava no país, o Apartheid. Desde o complicado desembarque dos três atletas negros da Briosa, Nenê, Bota e Guilherme, na Cidade do Cabo, onde não queriam deixá-los entrar no local com o resto do elenco, até a preparação para o jogo, a passagem do time brasileiro acabou por constituir um incidente diplomático entre Brasil e África do Sul.

No dia do jogo, quando a equipe santista já estava uniformizada nos vestiários, pronta para entrar em campo contra um combinado da Cidade do Cabo, um dirigente do futebol local apareceu, informando que os jogadores negros não poderiam participar da partida porque assim determinavam as leis do país. O então Encarregado de Negócios da Legação Brasileira na Cidade do Cabo (representando o governo brasileiro), segundo-secretário Joaquim de Almeida Serra estava no estádio e, prontamente, manifestou-se contra a recomendação, apoiado por todo o elenco. “Ou jogam todos ou ninguém joga!”, dizia ele. No Brasil, o presidente da República, Juscelino Kubitschek, já havia determinado que a partida não deveria ser realizada. E ninguém jogou.


Pela recusa em disputar a partida, o episódio obteve repercussão internacional e ajudou em alguma medida a combater o Apartheid no esporte. Joaquim de Almeida Serra, neto do destacado abolicionista homônimo Joaquim Serra, recebeu um telegrama do Itamaraty, informando que Presidente Juscelino Kubitschek elogiava sua atitude. O evento também acabou se transformando em um marco histórico por ter sido a primeira vez em que o Brasil se posicionava publicamente contra aquele regime, o primeiro país fora da África a se posicionar contra o regime segregador sul-africano, desencadeando uma série de ações contra o Apartheid ao redor do mundo.

O incidente diplomático não encerrou a excursão. Foram realizados jogos em outros países africanos e os resultados continuaram expressivos. No total, foram 15 vitórias em 15 jogos, marcando extraordinários 75 gols, com o atacante Grillo sendo o artilheiro da equipe. Estas partidas deram à Portuguesa Santista o título de honra ‘Fita Azul do Futebol Brasileiro’, entregue pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD – antecessora da atual CBF) para as equipes que ficavam invictas em jogos no exterior. Esta honraria, inclusive, é exaltada no hino do clube.

Após a excursão, a delegação da Portuguesa voltou a Santos e foi recebida apoteoticamente na cidade, desfilando, inclusive, no carro do Corpo de Bombeiros. E a bela história deste clube quase centenário continuou. No Campeonato Paulista da Segunda Divisão de 1964, cuja final foi disputada já em 1965, a Portuguesa Santista sagrou-se campeã ao derrotar a Ponte Preta, em pleno Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, por 1 a 0, gol de Samarone. Vale ressaltar também que na seleção de 1970 havia um jogador criado em Ulrico Mursa. O lateral-esquerdo Marco Antônio, reserva de Everaldo, na época já jogador do Fluminense, foi revelado pela Briosa.

Após ter sido rebaixada em 1977, a Briosa conseguiu um novo acesso para a Primeira Divisão do Estado em 1996, onde conquistou o vice-campeonato com uma equipe experiente, que contava com diversos atletas veteranos oriundos da Baixada Santista, como Fernando Mattos, Balu, Paulo Robson, Célio e Márcio Fernandes.

Já entre 2000 e 2004, a Briosa também montou belos elencos, tendo como destaques o time de 2001, com a excelente dupla de ataque composta por Zinho e Tico Mineiro; a equipe de 2003, semifinalista do Campeonato Paulista, eliminando Santos e Guarani, perdendo a vaga na final para o São Paulo, revelando o volante Adriano, o meia Souza e o atacante Rico; e o time de 2004, que contou com o tetracampeão Marcio Santos, que também chegou às finais do Paulistão e disputou a Copa do Brasil.

A partir de 2006, sucessivos rebaixamentos sucumbiram a Portuguesa Santista à última divisão do Estado, sendo que na última temporada, faltou muito pouco para o acesso à Série A3. Mas sua história nunca poderá ser apagada e o episódio ocorrido na África do Sul, em 1959, é muito mais importante do que qualquer resultado conquistado em campo. Parabéns à Portuguesa Santista pelos seus 97 anos, por fazer parte não só da história do futebol brasileiro, como também por ter feito parte deste fato marcante, marcado pela luta contra o preconceito racial no mundo.


* Victor de Andrade é jornalista, amante do futebol e torcedor da Associação Atlética Portuguesa.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

3ª edição do Cubatão Danado de Bom atrai mais de 60 mil pessoas e é sucesso entre o público de todas as idades e de várias partes do País




Foto: Allan Nóbrega
Foto :Marcus Cabaleiro
A 3ª edição do Festival da Cultura Nordestina - Cubatão Danado de Bom foi um sucesso de público, agradando todas as faixas etárias. Durante quatro dias de festa, mais de 60 mil pessoas passaram pelo local, moradores da região e turistas de várias partes do País, e puderam curtir de perto shows de grandes nomes da música brasileira, como Fagner, Pitty, Falamansa, Daniel Gonzaga, Tribo de Jah, Magníficos, entre outros.



Criado em 2010 pela Prefeitura de Cubatão, o festival faz já parte do calendário oficial de eventos do Estado de São Paulo e já está se consolidando como a maior festa nordestina fora do Nordeste. Além dos shows principais, o evento teve mais de 60 apresentações artísticas, dos mais variados segmentos, como dança, teatro, cultura popular, folclore, artes plásticas e literatura, totalizando 43 horas de entretenimento gratuito.




Foto: Marcus Cabaleiro
O Espaço Infantil Danadinho de Bom, novidade deste ano, foi um sucesso entre as crianças e também entre os pais, que puderam ficar despreocupados curtindo o evento. Durante os quatro dias, mais de 6 mil pessoas passaram pelo local.



O evento também ajudou na geração de empregos. Ao todo, foram gerados cerca de 750 empregos diretos e indiretos ao longo do período de preparação e realização do evento. E ainda ajudou 10 entidades assistenciais, que comercializaram comidas e bebidas no local, obtendo um lucro total 50 mil reais durante o festival, e 17 artesãos locais, que e vender 120 peças, resultando num faturamento total de R$ 1.600,00. A rede hoteleira da cidade e o setor de transportes também se beneficiaram do movimento gerado pelo festival.





A gastronomia típica nordestina mais uma vez fez sucesso entre os presentes. Durante os quatro dias de festa, os 14 restaurantes instalados na praça de alimentação, ajudando a movimentar a economia local.





Foto: Marcus Cabaleiro
As ações ambientais não ficaram de fora do evento. No local, durante os quatro dias de festa, foram recolhidos 80 litros de óleo de cozinha usado nas barracas. No mesmo período, uma tonelada de lixo reciclável foi retirada do kartódromo. Já de lixo orgânico foram recolhidas 4 toneladas.



Foto: Marcus Cabaleiro
Para compensar a emissão de carbono gerado por esses resíduos (150 ton/CO²), algumas ações estão previstas, como produção de biodiesel a partir do óleo de cozinha usado; destinação dos resíduos secos para a cooperativa, no qual este material irá gerar renda e posteriormente será reciclado; e plantio de aproximadamente 100 mudas de árvores no Município, principalmente no Parque Ecológico Perequê.




Foto: Marcus Cabaleiro

Foto: Marcus Cabaleiro
A prefeita Marcia Rosa ficou satisfeita com o resultado e já confirmou a realização da quarta edição do evento, em 2015. "A festa foi realmente Danada de Boa. Reuniu não só moradores de Cubatão, nordestinos e descendentes, mas também pessoas de outras cidades e de outros estados. Foi uma festa que agradou crianças, jovens, adultos e idosos", disse a chefe do Executivo.



O Festival de Cultura Nordestina - Cubatão Danado de Bom é realizado pela Prefeitura Municipal de Cubatão. A 3ª edição contou com apoio da Usiminas, Unimonte, Ecovias, Vale, Unipar Carbocloro e Cerveja Devassa.  E apoio institucional do CIESP - Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, ACIC - Associação Comercial e Industrial de Cubatão, Santos e Região Convention & Visitors Bureau, e parceria com a Associação dos Artistas.

Texto: Tatiana Lopes
Foto: Allan Nóbrega
FENAJ/MTB - 52208 - SP

Fotos Marcus Cabaleiro
FENAJ/MTB - 66920-SP
Site: http://marcuscabaleiro.com.br/

Prefeitura Municipal de Cubatão
Secretaria de Comunicação