A Independência é a escola de samba campeã do Carnaval 2010 de Cubatão. A agremiação do Jardim Casqueiro foi a melhor na passarela do samba e recebeu 199,5 pontos dos jurados conquistando pela sexta vez seguida, o título
Com o enredo “No caminho das águas, a esperança, nas margens do velho Chico, a lembrança”, a Independência homenageou o Rio São Francisco, recontando lendas e as figuras ilustres que navegaram por ali. Os 1500 componentes divididos em 15 alas representaram as histórias deste rio tão conhecido e querido pelos nordestinos, que compõem grande parte da população cubatense. Para Severino Batista “Tatai”, presidente da agremiação, o mérito de todo sucesso consecutivo da escola é graças ao empenho que toda a comunidade tem durante o ano: “Estamos felizes porque trabalhamos muito para estarmos aqui comemorando”, afirmou Tatai.
O tema conquistou os jurados que deram nota 10 para os quesitos: Fantasia, Alegoria, Comissão de Frente, Samba-enredo, Mestre-sala e Porta-bandeira. A Bateria da agremiação, que também recebeu nota máxima, fez a festa em branco e vermelho em frente ao Centro Esportivo, saindo em comitiva pela rua. A comemoração invadiu a madrugada no barracão da Escola que fica na rua Joaquim Jorge Peralta, no Casqueiro.
A ousadia foi a marca da Independência nesse hexacampeonato. A começar pelo carro abre-alas, tendo uma sereia gigante como figura principal. Não faltaram efeitos especiais como gelo seco e movimento de figuras míticas. A agremiação também misturou o profano e o sagrado, com uma ala inteira formada por são-franciscos. A Independência foi fundada em 1976 e desde 2005 é campeã do Carnaval de Cubatão. Em 2006 foi campeã do Carnaval Metropolitano
Unidos do Morro, inédito 2º lugar – a caçula do Carnaval de Cubatão conquistou, pela primeira vez a segunda colocação, ficando apenas dois pontos atrás da campeã. A Unidos do Morro foi unanimidade nos quesitos Comissão de Frente e Samba-enredo, obtendo a nota máxima. Quando anunciado o resultado final, os integrantes da Mocidade Unidos do Morro comemoravam beijando o pavilhão da escola, fazendo uma linda festa em verde e amarelo.
A Unidos do Morro vem se destacando nos últimos carnavais pelo crescimento acelerado e qualidade do desfile apresentado. Este ano, com o enredo “Da criação da roda ao espaço... a evolução dos transportes”, a agremiação deu um salto, trazendo uma Comissão de Frente completamente inovadora: homens das cavernas em acrobacias sobre uma roda de metal gigante. E os transportes foram evoluindo na interpretação dos 1000 componentes divididos em 13 alas: carruagens, caravelas, balões e naves espaciais completaram a noite de imaginação e sonho. “A comunidade está de parabéns porque é uma escola guerreira, que batalha o ano inteiro para fazer uma festa de criatividade”, comemorou Fábio Ferreira Índio, presidente da Unidos do Morro.
Nações Unidas – a agremiação foi penalizada com a perda de 181 pontos: ausência do nome da escola no carro abre-alas, falta de componentes na ala das baianas e o não cumprimento do número mínimo de integrantes exigido para o desfile, ficando em terceiro lugar na classificação final. Mesmo, assim, obteve boas notas dos jurados, conseguindo, inclusive, nota máxima na Comissão de Frente. A agremiação teve problemas na avenida, atrasando a entrada na passarela do samba por cerca de uma hora, fato atribuído à demora no transporte de fantasias da Vila Nova - bairro onde fica agremiação - até o Jardim Casqueiro. Mas este atraso não foi computado, diante da dúvida sobre quem seria o responsável pelo problema - a escola ou a empresa contratada pela Prefeitura para fazer este tipo transporte. Mesmo assim, a Nações Unidas fez um desfile emocionante com o enredo “Karup, uma festa de vida e morte no alto do Xingu”, contando os rituais de passagem dos índios brasileiros.
Além de troféus, as agremiações recebem premiação em dinheiro: R$ 70 mil para o 1º lugar, R$ 50 mil para o 2º colocado e R$ 20 mil para o 3º lugar. Os cheques serão entregues em evento a ser marcado pela comissão organizadora.
Ainda não acabou – o Carnaval continua nesta quarta-feira de cinzas
Texto: Morgana Monteiro
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