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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Começa exposição itinerante sobre a qualidade do ar em Cubatão

Mostra organizada pelo Cepema, em parceria com a Prefeitura e a USP, percorrerá todas as regiões da Cidade.

Cubatão tem, há um ano, um processo de biomonitoramento da qualidade do ar, ou seja, vegetais são usados para medir os índices de contaminação atmosférica.

Cubatão, maior polo siderúrgico-petroquìmico da América Latina, possui menos concentração de ozônio e partículas inaláveis que a região metropolitana de São Paulo ou a cidade de Paulínia, que é um parque petroquímico de menores dimensões.

Cubatão já conta com uma usina termelétrica para fornecer energia ao setor industrial - principalmente a Refinaria Presidente Bernardes - movida a gás natural. Ela substitui o sistema de caldeiras movidas a óleo combustível, que é 10 vezes mais poluente.

Essas e muitas outras informações, sobre a história do desenvolvimento industrial, as conquistas ambientais e a qualidade do ar de Cubatão podem ser obtidas, desde esta sexta-feira (18), em poucos minutos, pelos cubatenses, na esplanada do Paço Municipal, no Centro. Basta, para isso, entrar em uma caixa colorida, de pouco mais de 12 metros quadrados.

Essa caixa abriga a Exposição Ambiental Qualidade do Ar, idealizada pelo Centro de Capacitação e Pesquisa em Meio Ambiente-Cepema, mantido na cidade pela Petrobrás e Universidade de São Paulo-USP. A implantação da mostra é feita em parceria com a Prefeitura. A exposição foi inaugurada às 11 horas, em solenidade a que compareceram autoridades locais,entre elas o vice-prefeito Arlindo Fagundes, representantes do Cepema, Petrobrás, Prefeitura e membros da comunidade.

Ao discursar, representando, no ato, a prefeita Marcia Rosa, a secretaria municipal de Cultura e Turismo, Marilda Canelas destacou a importância da mostra como instrumento de informação. "A história ambiental de Cubatão precisa ser muito lembrada e muito discutida. Nós temos orgulho dela, não só sob o aspecto da recuperação, mas porque ela permitiu que surgissem novas tecnologias de produção industrial. Provamos que, quando existe vontade política e união de todos os setores de uma cidade, é possível conter qualquer situação que pareça irreversível".

Falaram, ainda, durante ato,o coordenador do Cepema, Cláudio Augusto Oller do Nascimento, e o gerente de Saúde, Meio Ambiente e Segurança da Usina Termelétrica Euzébio Rocha, Rodrigo Sambugari.

História - A mostra possui um painel com toda a história da industrialização de Cubatão e da recuperação ambiental, obedecendo à seguinte cronologia: 1919-construção da fábrica de papel, na Fabril; 1926-inauguração da Usina Henry Borden; 1955 - instalação da Refinaria Presidente Bernardes; 1958 - instalação da Copebrás; 1963, inauguração da Cosipa; 1964- da Carbocloro; 1970, retificação do Rio Cubatão; 1972- construção do Parque Anilinas, na área da antiga fábrica Anilinas;1975- inauguração da Petrocoque; 1983- início do Programa da Recuperação Ambiental de Cubatão; 1984- incêndio da Vila Socó ( hoje Vila São José); 1985- Instituto Botânico, da USP, desenvolve o projeto de recomposição da vegetação da Serra do Mar; 1990- sancionada a lei Municipal 1861, que oficializa os parques ecológicos “ Caminho do Mar” e Itutinga-Pilões”; 1992- Cubatão recebe, da ONU, durante a Eco-92, o título de Cidade Símbolo de Recuperação Ambiental e Selo Verde; 1993- fechamento da fábrica da Rhodia, por lançamento de lixo tóxico no meio ambiente; 1997- inauguração do Parque Ecológico do Perequê; 2004- pedra fundamental do Cepem; 2005- Agenda 21; 2010 - implantação da Usina Termoelétrica Euzébio Rocha.

Biomonitoramento - Há, também, estatísticas sobre índices de contaminação atmosférica de Cubatão, em comparação com outras regiões do Estado, e mudas das plantas que têm sido usadas no projeto de biomonitoramento da qualidade do ar. São elas: tabaco, goiabeira, azevem e manacá da serra.

Itinerante - A exposição ambiental funcionará na esplanada do Paço Municipal até o dia 25. No dia 27 será instalada ma Praça Independência, no Jardim Casqueiro, onde ficará até o dia 4 de março. Depois irá para o Bolsão 8 ( 6 a 11/03), praça do Crevin, na Vila Nova ( 13 a 18/03), Rua da Farmácia, na Fabril ( 20 a 25/03) e em frente do Pamos, na Vila São José ( 27/03 a 01/04).

A exposição fica aberta das 9 às 17 horas, com monitores que orientam os visitantes. Nas laterais da caixa há aberturas que permitem visualizar toda a exposição do lado de fora.

Texto: Paulo Mota

Foto: Dílson Mato Grosso

Imágens: José Mário Alves

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