Doação de Material de higiene pessoal e móveis são prioridades para as vítimas
Dois dias após a um incêndio na Vila Esperança em Cubatão, causado por um “acidente” ainda não explicado, os desabrigados estão alojados de forma muito precária numa quadra de esportes nas dependências da Escola de Ensino Médio D. Pedro I. Colchões pelo chão, lençóis simulando divisórias, móveis e eletrodomésticos que foram salvos do incêndio amontoados, alguns aparelhos de TV ligados para detrair um pouco a tensão, crianças brincando sem ter sequer a noção do ocorrido e perguntando aos pais quando vão voltar para casa.
Num outro local foi montada uma mesa de tênis de mesa na qual alguns meninos brincam com o auxilio de uma bola de borracha e um par de chinelos servindo de raquete e uma madeira simulando uma rede. Dois banheiros sendo um masculino e outro feminino cada um com apenas um chuveiro, este é o quadro na manhã deste sábado após 48 horas da tragédia. As famílias estão recebendo três refeições diárias enviadas pela cozinha municipal, além das mamadeiras que são feitas pelas merendeiras da escola.
Uma apreensão assola as vítimas por não saberem quais serão as providências que o poder público irá tomar nas próximas horas. A Prefeitura apresentou uma saída emergencial para as famílias, porém foi descartada pelos desabrigados, por unanimidade, pois as autoridades queriam transferir todos para o ginásio de Esportes “PITA” com a alegação de que as aulas teriam que voltar na próxima segunda feira. A proposta não foi aceita, pois segundo as vitimas esta ação poderia deixar as autoridades acomodada e as soluções iriam demorar mais, e se ficassem na escola a pressão seria maior e as providências chegariam mais rápido.
Segundo informação do secretário de Ação Social, Sebastião Carlos Henrique Silva será montado um alojamento provisório num terreno próximo ao local atingido pelo fogo. “Lá teremos melhores condições para abrigar a todos de forma mais decente”. Ainda segundo o secretário os barracos que não foram totalmente atingidos e os que precisaram ser demolidos para facilitar a passagem dos bombeiros, serão avaliados por uma comissão da secretaria de obras que podem ou não receber as reformas.
Segundo a diretora de assistência social Simone Lopes foram atingidos pelo fogo 77 barracos onde moravam 121 famílias sendo 203 adultos e 147 crianças num total de 340 pessoas. De acordo com a diretora a maior necessidade é a de produtos de higiene pessoal, fraldas e toalhas de banho. “Estamos recebendo muitas doações de todas as cidades da região, existe uma grande mobilização de sociedade civil, só falta a participação das industrias que até agora não nos enviaram nada”, afirmou Simone.
O metalúrgico, Denilton Vieira, pai de duas crianças sendo um menino de seis anos e uma menina de oito e, ainda, uma que vai nascer mês que vem, se sente abandonado, pois a empresa que trabalha nem sequer o procurou para saber se precisava de ajuda. “ Ficamos somente com a roupa do corpo, minha esposa está grávida, não temos nem documentos e agora só nos resta esperar para ver o que vai acontecer”, desabafa.
O soldador Lucas Carvalho, casado e pai de um casal de crianças sendo um de 8 meses e uma menina de cinco anos, conta que no dia do incêndio tinha saído para fazer os exames médicos para trabalhar numa empresa do Guarujá e agora espera que tenha dado tudo certo para iniciar na empresa ainda na próxima semana e assim tentar reconstruir tudo o que tinha e se perdeu.
Doações- As doações de produtos de higiene pessoal podem ser entregues no próprio local do alojamento na Escola D. Pedro I na Vila Natal, já móveis, eletrodomésticos devem ser agendados a retirada pelos telefones: 3361-6874 ou 3372-8132.
José Mário Alves Silva
Dois dias após a um incêndio na Vila Esperança em Cubatão, causado por um “acidente” ainda não explicado, os desabrigados estão alojados de forma muito precária numa quadra de esportes nas dependências da Escola de Ensino Médio D. Pedro I. Colchões pelo chão, lençóis simulando divisórias, móveis e eletrodomésticos que foram salvos do incêndio amontoados, alguns aparelhos de TV ligados para detrair um pouco a tensão, crianças brincando sem ter sequer a noção do ocorrido e perguntando aos pais quando vão voltar para casa.
Num outro local foi montada uma mesa de tênis de mesa na qual alguns meninos brincam com o auxilio de uma bola de borracha e um par de chinelos servindo de raquete e uma madeira simulando uma rede. Dois banheiros sendo um masculino e outro feminino cada um com apenas um chuveiro, este é o quadro na manhã deste sábado após 48 horas da tragédia. As famílias estão recebendo três refeições diárias enviadas pela cozinha municipal, além das mamadeiras que são feitas pelas merendeiras da escola.
Uma apreensão assola as vítimas por não saberem quais serão as providências que o poder público irá tomar nas próximas horas. A Prefeitura apresentou uma saída emergencial para as famílias, porém foi descartada pelos desabrigados, por unanimidade, pois as autoridades queriam transferir todos para o ginásio de Esportes “PITA” com a alegação de que as aulas teriam que voltar na próxima segunda feira. A proposta não foi aceita, pois segundo as vitimas esta ação poderia deixar as autoridades acomodada e as soluções iriam demorar mais, e se ficassem na escola a pressão seria maior e as providências chegariam mais rápido.
Segundo informação do secretário de Ação Social, Sebastião Carlos Henrique Silva será montado um alojamento provisório num terreno próximo ao local atingido pelo fogo. “Lá teremos melhores condições para abrigar a todos de forma mais decente”. Ainda segundo o secretário os barracos que não foram totalmente atingidos e os que precisaram ser demolidos para facilitar a passagem dos bombeiros, serão avaliados por uma comissão da secretaria de obras que podem ou não receber as reformas.
Segundo a diretora de assistência social Simone Lopes foram atingidos pelo fogo 77 barracos onde moravam 121 famílias sendo 203 adultos e 147 crianças num total de 340 pessoas. De acordo com a diretora a maior necessidade é a de produtos de higiene pessoal, fraldas e toalhas de banho. “Estamos recebendo muitas doações de todas as cidades da região, existe uma grande mobilização de sociedade civil, só falta a participação das industrias que até agora não nos enviaram nada”, afirmou Simone.
O metalúrgico, Denilton Vieira, pai de duas crianças sendo um menino de seis anos e uma menina de oito e, ainda, uma que vai nascer mês que vem, se sente abandonado, pois a empresa que trabalha nem sequer o procurou para saber se precisava de ajuda. “ Ficamos somente com a roupa do corpo, minha esposa está grávida, não temos nem documentos e agora só nos resta esperar para ver o que vai acontecer”, desabafa.
O soldador Lucas Carvalho, casado e pai de um casal de crianças sendo um de 8 meses e uma menina de cinco anos, conta que no dia do incêndio tinha saído para fazer os exames médicos para trabalhar numa empresa do Guarujá e agora espera que tenha dado tudo certo para iniciar na empresa ainda na próxima semana e assim tentar reconstruir tudo o que tinha e se perdeu.
Doações- As doações de produtos de higiene pessoal podem ser entregues no próprio local do alojamento na Escola D. Pedro I na Vila Natal, já móveis, eletrodomésticos devem ser agendados a retirada pelos telefones: 3361-6874 ou 3372-8132.
José Mário Alves Silva
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