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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Cubatão solicita ao governador informações sobre transferência de moradores

Preocupada com o impacto na rede de saúde, de escolas públicas e nos deslocamentos entre os bairros da cidade devido à transferência de 991 famílias das áreas da Serra do Mar para conjuntos habitacionais no Jardim Casqueiro e nos Bolsões, o Governo Municipal encaminhou nesta quinta-feira (18) ao governador Geraldo Alckmin ofício solicitando que a coordenação do Programa Sociambiental da Serra do Mar forneça detalhes da transferência para que o município possa planejar o atendimento a estes moradores.
Cópias do ofício foram enviadas também às secretarias de Estado de Habitação e Meio Ambiente, à Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), à Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem) e Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb) e ao Ministério Público.
 A partir do próximo sábado (20) e até 20 de dezembro, este é o número de famílias que começam a serem removidas sem que a infra-estrutura urbana, educacional e de saúde esteja preparada para suportar a pressão populacional de um contingente de cerca de 4 mil pessoas, o que equivale ao número de habitantes de mais de 25% das cidades do Estado de São Paulo.
Assinado pela prefeita Marcia Rosa, o ofício diz o seguinte: “Ocorre que neste processo de ‘mudança’ de toda uma cidade, o Município de Cubatão não tem recebido, por parte do Governo do Estado, as informações básicas que possibilitem a redução dos impactos deste grande êxodo urbano, com reflexos financeiros e sociais significativos, de modo a nortear o planejamento e as ações municipais”.
Apesar de faltarem apenas dois dias para que as famílias comecem a receber as chaves, o município ainda não recebeu informações sobre quais famílias serão realocadas, quantos filhos fazem parte de cada família, quantos estudam, onde estudam e se utilizam transporte público, se possuem animais de estimação e qual será sua destinação após a mudança, entre outras.
Em reunião realizada no Paço Municipal para tratar do assunto, a prefeita demonstrou preocupação com a logística de serviços públicos: “As escolas não estão prontas, as unidades de saúde não estão prontas, a duplicação do viaduto Rubens Paiva ainda não saiu. Já estou vendo um monte de família batendo aqui na porta da Prefeitura sem escola, sem transporte”.
Entre as principais preocupações, está a mudança de alunos e as consequentes alterações no transporte estudantil, quantidade de vagas por escola e até na atribuição de aulas para os professores, que está prestes a começar. O impacto no transporte também é preocupante, já que a principal ligação entre o Casqueiro, bolsões e o Centro da cidade, o viaduto Rubens Paiva, já está sobrecarregada, com congestionamentos diários.
Para debater estas questões, a Prefeitura planeja para a próxima quinta-feira (24/11), no Bloco Cultural, um encontro público, para o qual as órgãos estaduais serão convidados, para debater o problema junto com a comunidade.
     
Texto: Alessandro Atanes

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