Dia da Mentira

Matéria publicada dia no informátivo Agência Facos em 31/03/2007


1º de Abril dia da mentira
uma data quase esquecida

Hoje é o tradicional Dia da Mentira, data em que muitas pessoas se divertem as custas de histórias inventadas, inverdades e lorotas. Este hábito no entanto anda esquecido. Poucas pessoas admitem que caem nas brincadeiras de amigos e, menos ainda, que falam mentiras nesta data. A dona-de-casa Glória de Jesus Figueira falou “nem de brincadeira, não gosto de mentiras”. Para o vigilante Edésio Farias a mentira é uma coisa perigosa: “tem mentira que às vezes fica uma coisa muito séria e para desfazer é muito difícil”.
O comerciante Valdomiro Peixoto afirma que pessoas estão mais espertas e não caem mais nesta brincadeira. E lembra: “Eu fazia muitas pegadinhas na empresa que eu trabalhava, mas nunca aconteceu nada muito sério devido minhas mentiras”.
Já a feirante Maria Edinice confessa: “sempre caio nas mentiras neste dia, pois sempre esqueço, eu já menti de verdade mesmo”.


O Dia da Mentira começou em 1564 quando Carlos IX, rei da França, adotou o calendário gregoriano e determinou que o ano começaria dia 1º de Janeiro e antes era comemorado no dia 1º de Abril. Muitos franceses não aceitaram a mudança e continuavam a comemorar conforme o calendário antigo, passando a ser ridicularizados por gozadores que enviavam presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Estas brincadeiras ficaram conhecidas como Plaisantesies.

Em paises de língua inglesa, o Dia da Mentira é conhecido como April Fool’s Day ou Dia dos Tolos. Na Itália e na França, ele é chamado respectivamente Pesce d’Aprile e Poisson d’Avril, que significa “peixes de Abril”.No Brasil, a tradição veio junto com os portugueses e tornou-se parte do folclore.
Tradicionalmente, os pescadores são considerados os maiores mentirosos, pois sempre contam um pouco mais que a verdade. Esta fama vem desde o inicio da era cristã quando o apóstolo Pedro, que era pescador, mentiu por três vezes antes do galo cantar, negando que conhecia Jesus.


José Mário Alves Silva