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quarta-feira, 8 de maio de 2013

"Precisamos de um olhar metropolitano, pensando em futuro integrado" - prefeita de Cubatão, no Ficon


Marcia Rosa destacou o novo momento de Cubatão, no contexto regional

 "Não há como repensar Cubatão apenas, sem que se veja o conjunto da região metropolitana", destacou a prefeita Marcia Rosa, durante o 3º Ficon - Fórum da Indústria da Construção de Santos e Região, realizado nesta semana no Centro de Convenções Mendes, em Santos. Além de comparecer à abertura dos trabalhos, no dia 6, ela participou nesta terça-feira de mesa redonda sobre "O que esperar de cada cidade em relação ao boom imobiliário metropolitano que vivemos".
Disse ela que "Cubatão está celebrando agora os resultados de eventos como este Ficon, do Megapolo e do Santos Export, que têm propiciado o debate sobre a região metropolitana e sua força na economia estadual e federal. Primeiro, pelas obras no trevo da Anchieta/SP-55, que estava travando a entrada de toda a Baixada Santista; segundo, pela duplicação do Viaduto Rubens Paiva, no Casqueiro, e agora pelo anúncio do Eco Plaza Cubatão, um dos maiores investimentos privados da história do município, com R$ 160 milhões, gerando 3.500 empregos diretos e milhares de empregos indiretos".
"Isso foi possível graças a empreendedores com o olhar no futuro, que estão reescrevendo a história da cidade - que sai da horizontalidade para a verticalidade. Cubatão é um mar de oportunidades, e faz parte do papel do gestor do município ir atrás dos novos investimentos. Vamos trabalhar juntos para que este e outros empreendimentos sejam instalados, dentro de conceitos modernos de sustentabilidade", disse, lembrando que há outros projetos que precisam sair do papel, como a ligação seca Santos-Guarujá e o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), importantes para toda a Baixada Santista.
Pensar regionalmente - Porém, Marcia criticou a visão ainda reinante de se dissociar Santos dos demais municípios, começando por reivindicar a mudança do nome do Ficon: "Por quê 'Santos e Região', em vez de 'Baixada Santista'? Essa visão fragmentada, tratando como apêndice as outras cidades, se reflete em projetos como o VLT, que é excelente, com R$ 902 bilhões do governo federal, mas só para Santos e São Vicente. E as outras cidades? Não se trata nem de por onde iniciar a obra, mas da falta de um projeto que inclua as demais cidades. Como podemos pensar em adequação cicloviária em Cubatão, por exemplo, sem ter o projeto completo do VLT? Não há como replanejar uma cidade sem ver o conjunto da região metropolitana".
A prefeita lembrou que o 1º Ficon discutiu a possibilidade de um plano diretor regional, que seria difícil de executar devido às particularidades de cada cidade, mas observando-se que é possível termos diretrizes para o desenvolvimento regional, como a limitação nas vagas de estacionamento em prédios comerciais, na altura das construções, etc. Em Cubatão a comunidade conta com sua Agenda 21, que é observada no planejamento da cidade. "Mas temos de ter mais que um Condesb e uma Agem, temos que ter mais protagonistas discutindo a região de forma conjunta", continuou.
"Existe o projeto de uma hidrovia em Cubatão que retiraria milhões de veículos das rodovias, mas há mais de cinco anos não se consegue liberação ambiental para o projeto, pelo temor de que a movimentação na superfície da água possa revolver sedimentos poluentes. E não se faz nada? Por que não criar uma consultoria para tratar conjuntamente das questões ambientais da Baixada Santista? Precisamos da participação do empresariado e de toda a sociedade. Somos mais de dois milhões de habitantes e unidos podemos obter os investimentos necessários, obtendo mais qualidade de vida para toda a região".
 Chicago e Maringá - Os debates do Ficon foram fortemente influenciados pelos exemplos - apresentados pelos palestrantes - de soluções urbanísticas inovadoras aplicadas em cidades como Chicago, nos Estados Unidos, e Maringá, no Paraná.
Vários dos participantes do debate mencionaram essas cidades, como o prefeito de Praia Grande, Alberto Pereira Mourão. "Temos de provocar o debate com a comunidade sobre o futuro, sobre como ser uma cidade inteligente", comentou. O prefeito de Bertioga, José Mauro Dedemo Orlandini, disse que é necessário pensar regionalmente, com sustentabilidade, pelos próximos 30 anos. Para o chefe do executivo de São Vicente, Luís Cláudio Bili, é preciso transformar os recursos do pré-sal em investimentos na região, com retaguarda dos governos federal e estadual.
Também seguiu essa linha o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa. "Precisamos tirar projetos do papel, sair da teoria, mobilizando-nos e somando esforços. A união dos municípios é imprescindível, pois eles, em sua maioria, não têm recursos para investir, precisam formar parcerias, inclusive em busca de investimentos internacionais. Temos de mostrar que as obras de infraestrutura são importantes não só para a região, mas para o estado de São Paulo e o país".
 
Fotos: Júlio César Chaves
Texto:Carlos Pimentel Mendes - MTb 12.283


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