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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Prefeita de Cubatão e sindicatos participam de reunião com Usiminas no Ministério Público do Trabalho


Encontro foi solicitado pela OAB Santos. Para prefeita, paralisação da usina "inviabilizará uma região com 2 milhões de habitantes"

A prefeita Marcia Rosa participou na tarde desta terça-feira (17) de reunião com representantes sindicais e da Usiminas, no escritório regional do Ministério Público do Trabalho, em Santos. O encontro foi solicitado pela subseção de Santos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para obter da siderúrgica informações sobre o seu plano de interromper a produção de aço em Cubatão, o que acarretará na demissão de milhares de trabalhadores.


Além da chefe do Executivo, participaram representantes do Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista e do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e Conservação da Baixada Santista (Sindilimpeza), além da vice-presidente da OAB Santos, Maria Lúcia de Almeida Robalo.



Segundo a chefe do Executivo, os advogados e o gerente de recursos humanos da usina não trouxeram fatos novos à reunião, alegando que a crise econômica e a falta de competitividade da indústria nacional frente às siderúrgicas chinesas são as responsáveis pela decisão e que não haverá encerramento da planta cubatense, mas "suspensão das atividades nos setores primários". "A Usiminas falou tecnicamente o que todos já sabemos. O que os trabalhadores e nós do governo temos salientado é que não há diálogo. Como lidar com a medida, se eu não tenho nem o cronograma de demissões? Fico sabendo dos cortes pela imprensa e pelos sindicatos. A empresa não nos informa nada", afirma a prefeita de Cubatão.



Para Marcia Rosa, a siderúrgica precisa estar ciente do impacto econômico e social da decisão de suspender a produção, que terá reflexos em toda a região. "Cubatão é um polo petroquímico, onde uma empresa depende da outra. Somente este ano, 100 empresas terceirizadas prestaram serviço pra Usiminas. Por isso, o impacto da medida é desesperador. Considero impossível [a Usiminas] continuar com esse processo, não voltar atrás. Porque estaremos inviabilizando uma região com 2 milhões de habitantes", alerta.



O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista, Florêncio Resende de Sá, também saiu insatisfeito da reunião. Ele anunciou que a mobilização dos trabalhadores contra as demissões e a interrupção da usina continuará nos próximos dias. "A Usiminas se furta à discussão, mas nós continuaremos lutando contra essas medidas, entrando com ações no Ministério Público, Ministério do Trabalho e até na Organização Internacional do Trabalho, se preciso".



Reunião hoje - Está prevista para esta quarta-feira (18) uma reunião entre a prefeita Marcia Rosa e o presidente da Usiminas, Rômel Erwin de Souza, a ser realizada no gabinete da chefe do Executivo, em horário a definir. A Prefeitura aguarda a confirmação do encontro por parte da empresa, após dois cancelamentos seguidos nas últimas semanas. 




Texto: Allan Nóbrega - MTb 52.208-SP

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