Ação de voluntários beneficia crianças
Divertimento para os internos e melhorias na sede. Esse
deverá ser o saldo do trabalho voluntário promovido por 60 pessoas, a cargo da
Telefônica, que organizou o mutirão, realizado nesta sexta-feira (4), na
Associação Casa Menino Felipe, a Camefe. Os
funcionários da Telefônica não eram apenas da Região. Muitos vieram de
outras cidades do Estado para colaborar com
serviços que incluíram pintura das paredes e portas, instalação de
portão e de divisória, montagem completa de sala de informática para uso dos internos e uma horta.
As informações são do gerente Regional Comercial
Empresas, da Telefônica, Clovis della Monica Junior, também ocupado, a exemplo
da maioria dos demais no interior do abrigo com a pintura das paredes.
""Uma vez por ano, a Telefônica promove essas ações. A Ação Global no
Brasil reúne 4.000 voluntários, que estão em 37 cidades, oferecendo esse tipo
de trabalho". Conforme disse, trata-se do Dia do Voluntário Telefônica
Brasil. Contou que a líder do comitê de voluntários de Santos, a analista
institucional Regina Celia Barbosa dos Santos, esteve antecipadamente no local
para colher subsídios para a organização das tarefas. Contou que a Telefônica
tem uma comissão que organiza eventos e obtém a dispensa funcionários que se
disponibilizam para desenvolvê-los.
Ela ressaltou que havia um grupo preparando o almoço
(macarronada e bolo de sobremesa) e outro cuidando da limpeza pesada, incluindo
o quintal, que ganhou roçagem dos canteiros. Enquanto uma equipe lidava com a
casa, as crianças estavam divididas entre vários brinquedos infláveis. A
assistente social da Camefe, Cintia Neli da Silva Inácio, era uma das pessoas
que acompanhavam a brincadeira.
Depois do momento no playground defronte da Camefe, as
crianças receberam guloseimas tidas como as preferidas do gosto infantil:
cachorro quente; pipoca; algodão doce; pipoca; batata frita e minipizzas. As
barraquinhas padronizadas, como se fizessem parte de uma feira ou de um parque
de diversões, já estavam montadas para o repasse. Caixas de som bem possantes
difundiam músicas para animar a gurizada.
Parceria da Associação - Empunhando um rolo de pintura
embebido em tinta, o presidente da Associação Casa Minino Felipe, Antonio Jorge
dos Santos, enfatizou que a movimentação era uma parceria da Associação com a
Telefônica. À Prefeitura cabe, conforme lembrou, a gerência do serviço de
proteção especial, segundo paradigmas da Assistência Social. Indagado sobre as
benfeitorias na Camefe, frisou que a instalação de um portão e de grades
internas permitirá separar o espaço destinado às crianças dos acessos de
serviço.
Também comemorava o fato de dali a algumas horas as
crianças já terem computadores ligados em rede. Fez questão ainda de citar que
a Telefônica já tem brindado os internos da Camefe com outras iniciativas
calcadas no voluntarismo. "A Telefônica vem colaborando com a Camefe; já
organizou uma festa junina interna, um pic nic no Novo Anilinas e promoveu
doação de roupas", mencionou.
Costura - Nem desta vez as roupas dos internos foi
esquecida. Outro grupo, munido de máquina de costura, agulha e linha,
consertava as peças de roupas das crianças que podiam ser aproveitadas, a
partir de alguns reparos. Já, no fundo da casa, a horta mobilizava pessoal da
Telefonica e também duas alunas da Escola Técnica de Cubatão (Etec). Aliás,
constituía objeto de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), de título Horta como
Ferramenta de Trabalho", de Laila Kathleen Santos e de Dafne Cristima
Caetano. Ambas estavam entregues ao preparo da terra e à instalação de prumos
que dividiriam as plantações.
Também trabalhava munida de rolos para espalhar tinta a
chefe do Serviço de Triagem e Atenção às Unidades de Acolhimento, Alessandra
Silva de Alcântara. Disse que vivem hoje na Camefe 15 internos de até 15 anos.
A orientação da proteção especial de crianças e adolescentes é sempre pela
preservação da convivência diária de irmãos. O assessor técnico da Secretaria
Municipal de Assistência Social (Semas) Mohamad Abdul Rahim, que atua junto à
proteção especial, era mais um dos servidores que cuidava da pintura das
paredes, a exemplo de outros servidores que puseram a mão na massa.
Fotos: Christiane Castanheira
Texto: Maria Cecilia de Souza Rodrigues - MTb 16.561