Com o tema “Não deixe a vida se apagar. Seja doador de
órgão. Fale com sua família”, o Ministério da Saúde anunciou, nesta
quarta-feira (25), a campanha nacional de doação de órgãos. A meta do
ministério é alcançar 15 doadores por milhão de habitantes até 2014. Até junho
deste ano, o índice de doadores no Brasil era de 13,5 por milhão de habitantes,
sendo que cerca de 95% dos transplantes no Brasil são realizados pelo Sistema
Único de Saúde (SUS).
Para incentivar a doação de órgãos, o ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, assinou duas portarias que qualificam e ampliam a oferta de
transplantes, além de garantir mais recursos para centrais de transplante no
Brasil. Serão disponibilizados entre R$ 100 mil e R$ 200 mil para estruturação,
funcionamento e qualificação de centrais de transplantes. O recurso também
servirá para o aumento do teto financeiro para cadastramento de doadores no
Redome (Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea).
O Ministério da Saúde também vai disponibilizar R$ 50
milhões para a realização de exames. O objetivo é ampliar, com o recurso, as
possibilidades de identificação de doadores geneticamente compatíveis.
A campanha pela doação de órgãos será divulgada da mídia e
nas redes sociais. Por meio da página do Ministério da Saúde no Facebook, 135
mil internautas já declararam a vontade de serem doadores. Para se declarar,
compartilhar ou divulgar a ideia, acesse: facebook.com/DoacaodeOrgaos.
Balanço
De acordo com Heder Borba, coordenador do Sistema Nacional
de Transplantes, o Brasil “é responsável pelo maior sistema público de
transplantes do mundo”. A aceitação familiar para doação de órgãos subiu de 20%
para 55% nos últimos dez anos e “o número de pessoas na fila de espera por
transplantes diminuiu 40% nos últimos cinco anos”, disse.
Em 2012, foram realizadas 24 mil cirurgias de transplantes
no País, sendo que os transplantes de coração e pulmão aumentaram 35% a partir
de iniciativa que repassa mais recursos para hospitais, destacou o ministro
Alexandre Padilha.
DOAO

Conheça alguns números sobre transplantes no Brasil:
- A lista de espera reduziu 35% nos últimos três anos;
- O número de transplante de córneas dobrou nos últimos nove
anos;
- Nos últimos nove anos, houve aumento de 74% no transplante
de órgãos sólidos (coração, fígado, pâncreas, pulmão e rim).