Durante
encontro na usina, Marcia Rosa destacou consequências sociais e econômicas do
fim da produção de aço na Cidade
A
prefeita Marcia Rosa foi recebida na tarde desta quarta-feira (18) pelo
presidente da Usiminas, Rômel Erwin de Souza. O encontro, de pouco mais de duas
horas, aconteceu na usina cubatense, onde a chefe do Executivo apresentou sua
preocupação com o imenso impacto social e econômico na Cidade caso o plano da
empresa, de interromper a produção de aço na unidade local, se concretize nos
próximos meses.
Segundo
ela, a direção da siderúrgica demonstrou estar aberta ao diálogo na busca por
soluções conjuntas para aumentar a competitividade da indústria nacional de
aço, frente à produção chinesa. “Sugeri a ele uma rodada de negociações com o
Estado, Governo Federal e sindicatos para buscarmos uma proposta que garanta a
sustentabilidade da usina, pela importância que tem para a Baixada e o País, no
que ele concordou”.
Segundo
informado por Rômel à prefeita, até o início do próximo ano não será interrompida
a produção na usina cubatense. “Se até lá existir uma proposta que possibilite
a reversão do quadro negativo da indústria no país, a Usiminas está disposta a
repensar o planejamento, mas é preciso medidas concretas”, disse Marcia, que
lembrou o recente anúncio do Governo Federal, após reunião com uma comitiva
cubatense, de que pode adotar novas alíquotas para proteger a indústria
siderúrgica nacional.
“Essa
ação do Governo Federal, colocada em prática, será de extrema importância. Nenhum
país cresce sem uma indústria forte, sobretudo a de base. O aço da China
compromete também outros países, precisa ter uma alíquota que garanta uma
competitividade do produto nacional. É preciso também pensar no aquecimento da
economia interna, especialmente a automobilística e o mercado da construção
civil”, destacou a prefeita de Cubatão, que conclamou à união regional para
evitar as demissões em massa na usina. “Não temos um prazo muito longo. Mas não
consigo trabalhar com a possibilidade de fechamento da siderúrgica. Acredito
que é possível construirmos um jeito de reverter a decisão da empresa. Temos
que unir a cidade, a população da região, as indústrias do aço, os políticos,
todos os prefeitos, deputados, sindicalistas e centrais, e buscar essa solução
conjunta. Saio da reunião com o presidente da Usiminas com a esperança de que
ainda há jeito de reverter a paralisação da usina”.
Texto: Allan Nóbrega – MTb 52.208/SP
Fotos: José Mario Alves
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